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domingo, 23 de janeiro de 2011

Nuno Lobo Antunes

Há cerca de um ano atrás li, de um só folego, o primeiro livro de Nuno Lobo Antunes (cuja a existência eu desconhecia, talvez pela sombra dos seus irmãos). Uma autobiografia de uma fatia da sua vida, passada em NY, como neurocirurgião pediátrico, com especialidade em cancros, comoveu-me até à última página. Falo de "Sinto Muito".

As histórias, verdadeiras, contadas por este médico que carrega consigo o peso (leve ou pesado cabe a cada um decidir) deste sobrenome, e que por isso me suscitava um preconceito sobre a forma de escrita, surpreendeu-me pela positiva. Sou sincera, nunca li António Lobo Antunes porque nunca consegui acabar um só texto escrito por ele na Visão. No entanto, Nuno escreve doutra forma e sobre a realidade ao invés da ficção do seu irmão.

O livro faz sofrer, mas conseguimos fazer as pazes connosco e com o mundo, o que torna a sua leitura suave e até mesmo agradável.

Pensei nessa altura que o autor já tinha dito tudo sobre a sua vida, mas não! Apesar de ainda não ter lido o segundo livro (Mal Entendidos) embarquei no terceiro: 

 e de novo me encontrei no seu mundo, tão angustiante como o anterior, mas este mais chegado a nós, em Portugal. O escorrer de uma semana da sua vida, com a sucessão de acontecimentos no mundo das crianças doentes (neurologica e psiquiatricamente) contada de uma maneira leve.

E talvez aqui aponte uma crítica: faltaram mais factos que ilustrassem este livro, mas talvez não fosse essa a ideia do autor.

Na minha perspectiva são dois livros a ler e assim que se proporcionar, lerei o que me falta!